Por: Rosalice Gualberto
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O dia dos pais está chegando e mais uma vez nos vemos na incumbência de desenvolver dentro da escola atividades que explicitem o papel dessa pessoa tão importante, e que deveria desempenhar papel crucial na vida de nossos alunos.
O modelo para a paternidade está bem delineado nas escrituras na figura do próprio Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Algumas características serão brevemente analisadas aqui.
Primeiramente podemos observar que Deus realiza algo muito especial na vida daqueles que o temem:
Assim como um pai se compadece de seus filhos,
assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem. Sl103:13
A compaixão é um atributo divino que deve ser estendido aos pais humanos, visto que é um sentimento que leva alguém a agir em prol de outra pessoa. Espera-se naturalmente que todo pai tenha compaixão por seus filhos.
O dicionário Houaiss define compaixão como o sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minora-la. Ou seja, não basta identificar-se com o sofrimento do filho. O pai que se assemelha a Deus procura minimizar o sofrimento de seus filhos através de instrução contínua, observação acurada e amor genuíno. Saber identificar uma real necessidade a fim de satisfaze-la é incumbência de um pai que verdadeiramente ama os seus filhos.
A instrução da criança não deveria ser um papel transferido à escola, pois aos pais Deus delegou essa tarefa.
OUVI, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência. Pv4:1
Instruir é sinônimo de apascentar. Por isso, a paternidade inclui uma dose diária de cuidados que envolvem o nutrir, o ensinar, o guiar e o corrigir.
Alguns pais da atualidade, por não passarem sequer uma hora com seus filhos, só os saúdam com correções e disciplinas severas.
No entanto, a correção significa especificamente endireitar e fazer alguém seguir caminho direito. O exemplo, portanto, é a primeira maneira de iniciar a correção. Mostrar como se faz as coisas, como se perdoa, como se constrói relacionamentos, como se lida com as dificuldades mantendo confiança em Deus é atribuição daqueles que abraçam a paternidade com responsabilidade.
Compreendemos, todavia, que toda criança está sujeita ao pecado assim como nós. E sabendo disso, o bom pai irá atentar para outro atributo presente em Deus que o ajudará na educação de seus filhos: o amparo e proteção.
Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá. Sl27:10
Deus nunca nega amparo a ninguém. Os pais humanos também não deveriam abster-se de exercê-lo para com seus filhos. Pai fiel é aquele que serve de arrimo ao seu filho, é um homem que dá sustentação, que apóia e encoraja a criança quando esta precisa de apoio.
Depois de meditar sobre as características listadas acima, entendemos que aquele que as praticar irá colher os frutos. Os homens que se dispuserem a ser instrumentos nas mãos de Deus para edificarem lares fortes verão o cumprimento de Pv10:1 em suas vidas: seus filhos se tornarão sábios e alegrarão o seu coração.
Que Deus abençoe todos os pais!
Rosalice Gualberto
