
Livre Arbítrio e Obediência
A liberdade de arbítrio, longe do que muitos pensam, não consiste na liberdade de pecar. Ao contrário, Jesus, nosso exemplo, caminho e porta, conheceu perfeita liberdade de arbítrio ao escolher voluntariamente a morte de cruz, em obediência à vontade de Deus. Ela nos possibilita a praticar o querer de Deus, (o nosso maior bem) de modo responsável, por decisão espontânea.
Pensa-se que obediência e liberdade são duas palavras opostas, o que é um engano profundo, porque a obediência é uma expressão da liberdade, já que só homem interiormente livre pode optar responsavelmente por obedecer. “(Filipenses 2:8) - E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” - Quando Jesus se obediente, estava encerrando um tempo de escravidão do homem ao pecado, à lei farisaica, e ao medo do morte, e abrindo o caminho da perfeição em obediência.
Jesus, como homem, foi livre e usou de Sua liberdade para se entregar generosamente à vontade do Pai. Ele certamente sabia a dor que tal atitude poderia causar à Sua natureza humana. Ele não era alguém insensível. Mas, por livre e espontânea vontade, Jesus assumiu a Sua morte no tempo e no lugar previsto pelo Pai. (Lucas 22:42) - Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.
Cristo nos instrui a expressar nossa liberdade na obediência à voz de Deus que se faz ouvir na Palavra, na Igreja e nas autoridades por ela instituídas. Fazendo esta livre opção é que o homem encontra a liberdade, passando do temor ao amor, e libertando-se o perigo de servir ao próprio egoísmo e libertinagem. A suprema obediência a Cristo é, assim, a condição da suprema liberdade do cristão, chamado a ser livre na obediência completa ao Pai em Cristo.
Assumir Cristo como modelo da verdadeira liberdade, que não se opõe à obediência, é o desafio de todo cristão. Cristo é para nós o verdadeiro modelo de liberdade responsável, realizada dentro do obediência à vontade de Deus.